Um pouco de mim

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São Paulo, Brazil
Pode me chamar de Jan! mãe,esposa,pessoa sonhadora... me equilibro entre leituras, trabalho, estudos e o cuidado com a casa, nesse meio tempo eu observo a vida, ouço musicas e leio livros, vejo fatos e pessoas e vou tirando minhas conclusões, e é no blog que compartilho! E como filho de peixe, peixinho é... O Blog Curiosidades de Criança é das minhas princesas, Sofia e Abigail. Agradecemos a visita

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Quem é você Alasca?


Comecei a ler esse livro com o intuito de conhecer meus alunos, mas errei um pouco, primeiro que o adolescente brasileiro é muito diferente do adolescente americano...
por aqui, a cultura é de uma proteção exacerbada, na maioria dos casos.
Mas como dizem, aluno é aluno em qualquer lugar e adolescente é adolescente em qualquer lugar, há algo que não muda, por que mesmo sendo do Brasil ou qualquer outro país, passamos pela vida, e nos transformamos, seja física, fisiologia e emocionalmente.
e em muitos casos, os adolescente passam por essa fase auto destrutiva como é o caso de Alasca... eu realmente fiquei muito triste com tudo o que aconteceu, mas na verdade, eu pensei... era uma cosia esperando pra acontecer, infelizmente. e isso acontece todos os dias no mundo...
Ao final do livro, eu refleti, que embora tivesse me enganado no começo, eu acertei, pois a alma humana é carente de afeto e atenção seja no Brasil ou na América.
nota 7

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Diário de Anne Frank


Para muitos jovens dilema e dificuldade é não saber que roupa usar para a festa
medo é aquele frio na barriga  ao descer pela montanha russa.
dizem, e eu acredito, que a adolescência é uma fase difícil, cercada de dores, físicas e emocionais,
mas e se somarmos todos os conflitos existenciais de um ser em formação, o fato de que tudo isto está acontecendo em meio a uma guerra e não apenas isso, você e sua família tem na testa um alvo e bem ali a sua frente há um rifle apontado?
Eu ri e me emocionei varias vezes ao longo da leitura do livro
e lamentei que Anne não tenha podido realizar seus sonhos, e ao menos estar para ver que alguns deles se realizaram.
Ela amadureceu lindamente na dor de crescer e sequer poder correr para longe, ela tinha que se manter bem trancada e nem isso a livrou do que mais temia.
é um livro que nos dá o que pensar
nota 4



quinta-feira, 15 de maio de 2014

Capitães de Areia

Autor: Jorge Amado
Editora: Companhia das letras
Páginas: 270
Categoria: Drama

Sinopse
Desde o seu lançamento, em 1937, Capitães da Areia causou escândalo: inúmeros exemplares do livro foram queimados em praça pública, por determinação do Estado Novo. Ao longo de sete décadas a narrativa não perdeu viço nem atualidade, pelo contrário: a vida urbana dos meninos pobres e infratores ganhou contornos trágicos e urgentes. Várias gerações de brasileiros sofreram o impacto e a sedução desses meninos que moram num trapiche abandonado no areal do cais de Salvador, vivendo à margem das convenções sociais. Verdadeiro romance de formação, o livro nos torna íntimos de suas pequenas criaturas, cada uma delas com suas carências e suas ambições: do líder Pedro Bala ao religioso Pirulito, do ressentido e cruel Sem-Pernas ao aprendiz de cafetão Gato, do sensato Professor ao rústico sertanejo Volta Seca. Com a força envolvente da sua prosa, Jorge Amado nos aproxima desses garotos e nos contagia com seu intenso desejo de liberdade.

***

Apologia ao crime?
Uma Bahia desvestida?
Um novo olhar para o mundo?
Eu só sei que essa história, apesar de ter sido ambientada nas décadas de 30 e 40, seria perfeitamente recolocada nos dias de hoje... a diferença é que hoje há a geração hi tech, a geração Z...
Mas só... crianças continuam crianças, carentes de afeto, de um teto, de segurança.
Jorge amado, tem uma escrita apaixonante, direta e envolvente.
eu desconfiava que ele tivesse a descrição tão real dos personagens, sua esposa Zélia declarou que ele enquanto escrevia o livro, chegou a dormir no trapiche.
Meus aplausos Jorge Amado...
Ele denuncia o abandono e dureza social.
ele dá voz aos sem vozes... e não é romântico... O fim das crianças que cresceram nem sempre foi tão feliz... Era a realidade... só... 
aqui e ali, ele colocava um pouco de ternura e alma, naquele "delinquentes" que eram crianças... que não tinham culpa... 
Como a cena no carrossel... triste e linda ao mesmo tempo...
Cada personagem, uma história, um drama...
O que dizer do Pobre Padre Pedro... um dos poucos que amava os meninos, mas quase anda podia fazer e quando tentava era repelido... Infelizmente boas intenções nem sempre são suficientes.
Torci pelo Sem-Pernas, desejei o tempo todo um final feliz pra ele... mas em fim... nem sempre a vida imita arte, e as vezes a arte é obrigada a relatar a vida, e só.
Eu gostei do Pedro Bala, tive raiva dele algumas vezes e o entendi em outras.
Volta seca, João Grandão... Dora, a unica menina do grupo, que teve um momento fugaz, porem que marcou profundamente a vida dos garotos...

nota 5

Posfácio de Milton Hatoum:
 Nesta história crua e comovente, Jorge Amado narra a vida de um grupo de meninos pobres que moram num trapiche abandonado em Salvador. Os Capitães da Areia têm entre nove e dezesseis anos e vivem de golpes e pequenos furtos, aterrorizando a capital baiana.
     Do valente líder Pedro Bala, com seu rosto atravessado por uma cicatriz de navalha, ao carola Pirulito, que reza todas as noites para purgar seus pecados; do sensato Professor, o único inteiramente letrado do grupo, ao sedutor Gato, aprendiz de cafetão, cada um desses meninos tem sua personalidade própria, sua concepção de mundo, seus sonhos modestos.
     A má fama do grupo, no entanto, se espalha pela cidade. Contra eles se levantam os jornais, a polícia, o juizado de menores e as famílias distintas. Mas há também quem os ajude: o padre José Pedro, a mãe de santo Don Aninha, o estivador João de Adão e o capoeirista Querido-de-Deus.
     Os meninos crescem e encontram caminhos variados: marinheiro, artista, frade, gigolô, cangaceiro. O líder Pedro Bala decide lutar e assumir a tarefa de mudar o destino dos mais pobres.
     Influenciada pela militância comunista do autor na época em que foi escrita, a narrativa de Capitães da Areia transcende a orientação política mais imediata. Divididas entre a inocência da infância e a crueza do universo adulto, as crianças têm de lidar com um cotidiano ao mesmo tempo livre e vulnerável, revelando um desamparo e uma fragilidade que, em muitos aspectos, permanecem atuais.